É o religioso que marca a tradição das gentes do Alto Ribatejo.
Ao longo dos últimos séculos festejaram-se as dádivas dos santos de devoção de cada local, cada paróquia.
Construíram-se monumentos, fizeram-se romarias, festejaram-se os milagres. Reza-se pela saúde, pela boa sorte, pela vida, e pelos que já partiram.
São estas celebrações que caracterizam cada região, que identificam cada lugar.
Por um lado é o religioso... é a devoção a Deus. É a celebração do Senhor. O respeito pelo divino que se manifesta nas orações e nas procissões.
Por outro, é o profano. São multidões que se deslocam, que procuram a diversão, a sorte, os presentes, a música tradicional, a variada gastronomia e o bom vinho, claro...
São manifestações de alegria, explodem luzes no alto para afastar a má sorte, os demónios pessoais, estremecem corações e manifesta-se todo o tipo de emoções.
As famílias reencontram-se, as que vêm ali do lado e as que vêm de além fronteiras. É a fuga do stress urbano, da vida de trabalho, para uma saudável confusão de alegria e união.
É a união da população, o trabalhar para um objectivo comum, é a sua satisfação pessoal e é a satisfação de todos os visitantes. Todos são bem vindos, os que voltam sempre e os que vêm pela primeira vez. O esforço é comum: tratar o outro como gostaria de ser tratado, sem nunca esquecer que lá do alto alguém está atento, observando, avaliando...