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Lançaram-se as primeiras sementes à terra e a partir daí tudo mudou. Mudou o Homem, que encontrou forma de produzir o seu próprio alimento. Ligou-se à terra mãe, a rainha que gerava os seus filhos, as suas sementes. Mudaram-se mentalidades. Agora era necessário acarinhar o solo que se pisava, esse solo onde outrora se passava a correr, perseguindo uma qualquer presa de caça, era agora o solo que gerava alimento através da mão do homem. É um solo que se tem de transformar, que se tem de gerir, para produzir o alimento essencial. E é um solo que se tem de marcar e que se tem de defender.
Começam a evoluir os instrumentos: as pedras são polidas, os gumes mais afiados, a cerâmica surge, os metais são trabalhados e as linhas de defesa erguidas. Intensifica-se as trocas comerciais. Especializam-se os povos: por um lado, os que produzem o alimento, por outro, os que produzem as defesas.
Surge o sentimento de posse: um pedaço de terra já é um bem primário para a sobrevivência de uma família e assim se mantém ao longo dos séculos.
A agricultura era a base de toda a economia. Com o passar da história grandes comunidades se desenvolveram onde os terrenos eram mais propícios a esta prática tão essencial à vida do homem. Só depois da agricultura é que surgiu o comércio e a indústria. Mas quando a agricultura passou da subsistência ao negócio, grandes campos se cultivaram, grandes máquinas apareceram transformando por completo a paisagem.
No Alto Ribatejo é possível acompanhar toda a evolução da agricultura, não só nos museus, mas também no dia a dia de alguns habitantes. É certo que já ninguém trabalha com machados de pedra polida, mas ainda se verifica o uso da tracção animal em alguns trabalhos de campo. Por caminhos mais rurais ainda se observa os engenhos nos poços, puxados pela força do burro, ou certos idosos que pastoreiam seus animais da mesma forma que há centenas de anos. E há ainda aqueles que trabalham a terra como se esta fosse um ser vivo, esperando sabiamente que ela gere as sementes, que as alimente e as defenda, com sendo suas filhas.
Outros caminhos levam-nos a vastos campos agrícolas, que alimentam as grandes cidades dos nossos dias, onde máquinas trabalham noite e dia e a mão humana já não acarinha a terra. São outros tempos, outras necessidades, valores que falam mais alto. Onde se gere a terra em função da quantidade, utilizando a tecnologia para uma maior produtividade.
Quer seja no museu, quer seja passeando pela região, pode-se verificar as duas faces da agricultura: a tradicional e a mecanizada e pode-se ainda verificar a adaptação da agricultura a cada região, criando uma malha diversificada de produtos agrícolas: por um lado as frutas e legumes, por outro as vinhas e olivais e ainda extensas matas de pinheiro e eucalipto.
Produtos da terra que constituem a riqueza de cada região.
 
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